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Nos últimos anos, o marketing de influência se consolidou como uma das principais estratégias das marcas para alcançar o público de forma mais autêntica e engajada. Por meio de parcerias com influenciadores digitais — pessoas com grande alcance e credibilidade nas redes sociais — empresas conseguem promover produtos, serviços e até ideias com enorme impacto. No entanto, esse poder de influência também levanta questões importantes sobre ética, responsabilidade social e os limites da comunicação comercial.

A influência que vai além da estética

Nos primeiros anos do marketing de influência, era comum associar os influenciadores apenas a estilos de vida glamourosos, dicas de moda, beleza ou viagens. Porém, o cenário mudou. Hoje, os influenciadores ocupam um espaço cada vez mais relevante na formação de opinião — seja em debates sobre saúde, política, educação ou consumo consciente. Essa nova realidade exige mais preparo e consciência por parte desses profissionais.

Segundo o professor e coordenador de Publicidade e Propaganda da Unipiaget, Moacir Antunes, é necessário pensar criticamente o papel do influenciador digital na sociedade. “O que ele fala e como fala pode impactar diretamente o comportamento de milhares de seguidores. Por isso, ética e responsabilidade social são temas que precisam ser debatidos com mais profundidade”, afirma Antunes.

Ética e transparência como pilares

Um dos pontos mais relevantes levantados pela reportagem é a necessidade de transparência nas parcerias comerciais. Muitas vezes, o público não percebe que determinado conteúdo se trata de uma publicidade, o que pode gerar desinformação ou consumo por impulso. Nesse sentido, a legislação brasileira já exige que os criadores sinalizem claramente quando um conteúdo é patrocinado — algo ainda negligenciado por muitos influenciadores.

Além disso, os especialistas da Unipiaget ressaltam a importância de uma formação ética e humanizada nas áreas de Comunicação. Para isso, a instituição oferece uma abordagem acadêmica voltada não apenas para as técnicas de marketing, mas também para a formação crítica dos alunos. A ideia é que os futuros profissionais estejam preparados para atuar com responsabilidade em ambientes digitais cada vez mais complexos.

A formação como ferramenta de mudança

A reportagem destaca ainda a relevância das universidades no processo de conscientização dos novos profissionais. O curso de Publicidade e Propaganda da Unipiaget, por exemplo, incentiva os alunos a refletirem sobre os impactos das suas campanhas e o papel social da comunicação. Mais do que formar publicitários criativos, o objetivo é formar cidadãos conscientes, preparados para atuar com ética, inovação e compromisso social.

Nesse contexto, o marketing de influência não pode ser visto apenas como uma estratégia comercial. Ele deve ser encarado como uma ferramenta poderosa de transformação social — capaz de promover debates, gerar empatia e fortalecer valores positivos.

Conclusão

O marketing de influência segue crescendo, mas com ele cresce também a responsabilidade de quem influencia. Transparência, ética e consciência social são valores que não podem mais ser ignorados por criadores de conteúdo e pelas marcas que os contratam. Como aponta o professor Moacir Antunes, formar influenciadores conscientes é um desafio urgente — e começa, sem dúvida, pela educação.

Assim, o papel das instituições de ensino, como a Unipiaget, torna-se essencial na construção de um novo cenário comunicacional, mais ético, humano e socialmente responsável. Afinal, influenciar é também educar — e isso exige preparo, compromisso e, acima de tudo, responsabilidade.

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